Subscribe

RSS Feed (xml)

Powered By

Skin Design:
Free Blogger Skins

Powered by Blogger

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Obrigado a todos...

Obrigado a todos pelo apoio que me dispuseram enquanto eu escrevia cada página desse livro. E quero agradecer de antemão à todos aqueles que demonstraram interesse e confiança na obra.

Um simples, mas verdadeiro: Muito obrigado.

Como Comprar

O livro está a venda pela editora e stand Clube De Autores e pode ser adquirido no seguinte site:

Agradecimentos

Agradecimentos







Antes de começar a bombardear o leitor com agradecimentos sinceros para pessoas que, em algum momento da minha vida, me inspiraram a algo importante, quero deixar o meu sincero desejo de que tenham apreciado a obra e tenham compreendido os objetivos nela contidos.

A primeira pessoa a quem de fato vou agradecer é a minha namorada Rafaela Borges(Tsukino, como gosta de ser chamada) pela paciência e pelo interesse de ler cada fração desses escritos a medida que os escrevia, e em muitos ela opinou, inclusive na arte da capa, e muito revisou superficialmente a meu lado, apoio esse que sem eu não teria prosseguido; agradecer a Rafaela Rocha Macedo(A famigerada autora do livro Escapismo – Pedaços de um universo particular) que pacientemente me guiou nas veredas da publicação de um livro e, por fim, a Raphael Bin, que, de uma forma até inenarrável, eu sabia desde o começo que seria a pessoa mais capacitada a fazer a arte da capa, e ele não me decepcionou em momento algum, conseguiu como ninguém personificar a ideia que eu tinha para a capa 'numa imagem que eu mesmo não imaginaria sair tão boa.


E agora, não menos importantes, uma miríade de pessoas que me foram importantes e inspiradoras: Toda minha família, e isso inclui minha mãe, com quem rivalizo uma existência quase bélica, mas que se me faltasse um dia em vida, causar-me-ia uma insubstituível lacuna interna, meus irmãos Felipe, Regina e Nathália. Victoria, minha irmã por parte de pai recentemente conhecida, e toda sua família que foi simpaticíssima comigo. Aos amigos: Sandoval Lima(Heero), Leonardo Gueiros(Único bacharel em letras que conheci na vida, mais um candidato ao desemprego nesse país que não valoriza os amantes das diversas artes) Luizinho Terciotti, Matheus Cruz(O Nerd/Piergeiron/museólogo), Rayanne Odila, Thalita Betim(Junecita), Renan Pereira(Que é quase meu vizinho, cujo rosto nunca vi), Kawasumi Hong, Maísa Trindade(Mei), Gabriela(Bibi) Gamino, Mariana(Mamah) Gamino, Camilinha Gamino, Amanda Gonçalves, Carol Marques(Molka) e Carol Pires, Naseema Maria, Eduardo M Palatino, Marcelo Moraes, Deise Costa, Erica Beira, Cecel Ramis, Marília e Maria Castro, Luciana Cascardo, Juninho Gaúcho, Vitor Prus, Jeferson Correia(Autor de um vindouro livro), Thiago Santana e meu grande amigo de longa data: Diego Ribeiro.



Também a Lígia Teixeira pelo Banner.


Aos autores: Eça de Queirós, Umberto Eco, Thomas Mann, Marion Zimmer Bradley, Mássimo Valério Manfredi, Edgar Allan Poe e Janet Morris pelas suas infinitas e brilhantes contribuições literárias.


A todos os injustiçados cujo nome eu esqueci de citar aqui na pressa, meus autores favoritos, minha tia Tânia, que me imergiu desde a infância na leitura e a você, leitor.


Ópio em Jasmim, ébrio pra mim, simples morfina.

Suave como as nuvens e de expressão aquilina,

Acariciar tuas asas, me espetar nas suas garras me hipnotizar em teu sorriso; para sempre minha heroína”


- Cassio L. Maia

Teaser

A manhã seguinte rebentou com um brilho largo e ofuscante no horizonte. O sol elevava-se homeopaticamente e, dele, desprendia-se uma luminescência dourada que percorria todo o horizonte como um filete de ouro e sangue. Entre as colinas ao longe e sua vasta campina, via-se o orvalho refletir o entretom alaranjado da manhã em pequenas gotículas cujo brilho ludibriava o observador com a falsa impressão de que eram pequeninas estrelas espalhadas pela relva. Podia-se sentir a tepidez e o frescor do sereno coexistirem na apática sinfonia melodiosa dos pássaros”





Como o choque de duas ondas bravias que se repelem e respingam para todos os lados, os dois exércitos se chocaram violentamente, e seus corpos e armas respingavam.”






vislumbrou os raios que incidiam na iris petrificada dela, como hipnotizante melancolia que lhe dava nós à garganta, e volveu-se para apreciar o inapreciável que nos olhos dela refletiam. Quando virou-se para ela novamente, porém, o olhar dela, então fosco, perdia-se dilatado em seu tórax – antes tão vítreo, agora tão infecundo –, seu corpo estéreo não mais respirava, jazigo de outrora, tornava-se gélido, pálido, cianótico, morto. “

Considerações Iniciais

Considerações do autor



Antes de transbordar o leitor com uma estória longa 'num ambiente completamente hostil, sinto-me na obrigação, não só em prol de um povo que foi sumariamente ignorado e desprezado nos livros e contos que concernem à antiguidade, mas também em prol do próprio entendimento do leitor.

“Quem foram os hititas?” e “O quê é Hatti?”, são duas perguntas que o leitor provavelmente vá se fazer, e antes que se confunda com Haiti – que nada tem a ver com Hatti -, ou que se acredite que criei um mundo paralelo aos moldes de Tolkien(Que afinal não seria uma cogitação absurda, visto que o grande Tolkien influencia gerações e gerações), eu vou esclarecer os tópicos:

Os hititas(Citados como heteus na bíblia e khetas nos livros de Homero) formaram um povo de extremo poder e apogeu cultural entre 2000 e 1200 a.c(Quando foram suprimidos pelas próprias guerras internas e invasões de povos longínquos, não só os hititas, mas os genuínos gregos de Homero, os cretenses e grande parte do império egípcio também foram 'extintos' no que é conhecido como O Colapso da Era de Bronze). Donos de um império espremido entre os impérios grego, hurrita, assírio e egípcio, os hititas foram protagonistas de grandes momentos, como A Batalha de Kadesh, onde politicamente derrotaram os egípcios e tomaram posses egípcias para si, obrigando o rei Ramses II a recuar e mentir para seu próprio povo – e mais tarde ainda no que se acredita ser o primeiro tratado de paz mundial, egípcios e hititas retomaram os laços de amizade -, vale citar também as contínuas batalhas contra os gregos, citados em vários documentos preservados, grandes batalhas contra os hurritas(Que causaram a extinção desse povo) e, por fim, e para o autor a mais importante, a invasão da Babilônia, onde o rei Mursili desceu o vale da Mesopotâmia, invadiu, saqueou e destruiu parte da cidade mais importante do mundo na feita, causando o declínio dos sumérios e da dinastia do famoso Hamurábi.

Donos, suseranos, em grande parte das famosas cidades de Mileto(Que chamavam de Millawanda), Troia(Que nomearam como Willusa), tinham na sua capítal, Hattusa, a cidade mais importante da Ásia Menor. Múltiplas culturas uniram-se sob uma elite e fundaram o grandioso império hitita, que dentre outros feitos, tinham conhecimento do ferro, além do bronze, mais do que qualquer outro império contemporâneo e, por muitos, foram considerados o maior poderio de seu tempo.

Mas por que são tão desprezados? Essa pergunta, porém não tem uma resposta fidedigna, quiçá nunca tenha, mas é possível que pelo desconhecimento de grande parte de sua história cheia de lacunas, só há 'pouco tempo' foram descobertas as ruínas de Hattusa, ruínas essas que fascinam seus conhecedores com seus grandes templos, suas robustas muralhas destruídas em um relevo quase inóspito.


É por isso, leitor, e pela pesquisa que eu, autor dessa singela obra, tenho feito por amor ao longo dos onze anos desde que conheci os hititas em um grande jogo de estratégia(Onde me fazia a insistente pergunta: Por que uma civilização que sequer ouvi falar é uma das mais equilibradas e fortes desse jogo tão renomado?), que pretendo apresentar-lhes por meio desse romance, entre guerras e amor, um pouco dessa tão magnífica história.



Quero que saibam que por vários – sim, vários – motivos essa foi uma obra escrita às pressas, dentre esses vários, o motivo que de fato posso citar é a minha inconstância, ora quero muito fazer algo, ora essa entusiasmo acaba e se tornando uma mera lembrança jogada em algum canto, então, antes que esse ímpeto terminasse, fiz tudo o mais rápido que pude, de chofre, antes que a vontade acabasse e fosse marginalizada. E isso não foi tão fácil quanto pode parecer, além de escrever tive de corrigir e revisar tudo, o que, em suma, causou-me uma dor de cabeça crônica – algumas partes, inclusive, mostraram-se impossíveis de serem corrigidas, por isso me perdoem erros oriundos da pressa, por ora. Peço perdão aos que comprarem as primeiras e pouco corrigidas edições, semântica e sintaxe travaram uma batalha dolorida aqui.

A estória em si que descrevo ao longo desse romance, tem SIM, muitas veracidades oriundas de estudos e pesquisas acerca da civilização. O período, os reis, muito dos nomes que cito nessa obra existiram e parte dela é de grande veracidade.

Aos historiadores, e também aos leitores mais abastados de um conhecimento histórico, que torcerem o nariz com frases como “mas a história de fato aconteceu, mas não assim”, ou “essa pessoa nunca existiu” quero avisar que minhas intenções desde o começo foram as de seguir os grandes exemplos dados por infinitos escritores ao longo da história humana, desde as obras homéricas até as mais recentes, que é misturar em um degradê a realidade e a ficção, em tal ponto que não se consiga distinguir o que é realidade e o que é ficção, e assim romancear fatos reais acontecidos no dito império com personagens fictícios e outros reais, com momentos e enredos fictícios e outros reais, coisas com as quais um escritor, por estar sob a égide da licença poética, não precisa se preocupar em detalhar, mas mesmo o faço, para não gerar mal entendidos.

Também tive a necessidade de 'europeizar' muitas nuances da cultura hitita, e recriar rituais, momentos e lugares de forma que o leitor não se sentisse sufocado por um mundo completamente diferente do qual ele está acostumado a mergulhar quando lê ou vê obras referentes à antiguidade e até mesmo da idade média.

Uma última consideração, a mais parcial, e talvez a menos importante para os que lerem essa obra sob o simples cunho da diversão é: os nomes hititas e suas pronuncias são interpretados de forma diferente em cada documento, portanto usei aqui, e até adaptei-os, da forma que achei mais conveniente. Também é valido citar que para muito dos personagens fictícios dei nomes mais 'europeizados' para não agredir o leitor com os vertiginosos nomes hititas(Shuppiluluima, Arnuwanda, Telepinu, são alguns exemplos desses nomes – se me permitem a ironia – 'impronunciáveis).

Por fim quero deixar claro que sou um profundo admirador dos hititas, e sinceramente, que me perdoem muitos dos autores que amo pelo que direi, mas vejo nos hititas uma cultura em geral muito mais interessante, heroica, rica e impactante do que em outras culturas tão superestimadas como gregos e egípcios – culturas essas que eu também amo, mas foi na hitita que encontrei o que de fato procurava.

- Cassio L. Maia

Sumário



Prólogo …................................................................................................................13

Volume 1: A Heroína – Do Anonimato ao Heroísmo.........................................15

Volume 2: Hattusa – Rumo A Capital do Mundo..............................................119

Volume 3: O Massacre – Chacina nas Mãos Assírias......................................187

Volume 4: Tempestade em Hatti – A batalha sobre todas as batalhas.............253

Epílogo.......................................................................................................341

Prólogo

A noite fria conduzia, com seus ventos gélidos, nuvens espessas que acariciavam uma lua em quarto crescente de esplendor azulado. A brisa esgueirava-se entre rochas e colinas, produzindo um silvo melancólico, contrastando com as ondas que, uma a uma, rebentavam no mar ruidosamente, sendo eclipsadas apenas, em raros momentos, pelas garças crocitando ao longe. Mais longe ainda podia-se ouvir o mar agredir em golpes contínuos os outeiros de pedra, esculpindo-os, conduzido pelos ventos. O ‘silêncio’, menestrel da noite, tinha consigo a melancolia do que ficou no passado.

Ao longo da enseada, após o alagadiço, situavam-se as ruínas do que há não muito tempo fora uma próspera cidade. Pedras sobrepostas em forma de muralha, negras, outrora incendiadas, espalhavam-se pelo chão também incendiado. Havia esqueletos em toda parte, sobre a palha do que um dia fora o telhado de uma choupana, sob as colunas do que em tempos passados fora um grande templo, nas torres de vigia, onde antes situavam-se as sentinelas. E, lá, ao epílogo da tragédia, uma única alma viva cavalgava solitária em seu cavalo, munido de sua espada e uma compaixão taciturna à face. Se fechasse os olhos e respirasse profundamente a brisa salgada podia ouvir as crianças brincando, os ferreiros agredindo o metal, as senhoras em seus cânticos, o crepitar das tochas entre as vielas; podia até mesmo ouvir a procissão das sacerdotisas, com seus longos cabelos cascateando por todo corpo, descendo as colinas do templo. Aquele tempo, porém, jazia infecundo sob os destroços e nada mais era, senão imaginação, cujos maestros eram a solidão, a melancolia e a esperança.

Traçou olhares perdidos e nostálgicos, sentindo vibrar na mão o movimento da espada que tantas vezes brandiu contra seios vivos que esguichavam sangue – quase podia ouvir a marcha calamitosa de seu exército estremecer o chão e sentir o cheiro das muralhas pouco a pouco destruídas pelas contínuas guerras.

Então, como mancha fantasmagórica, viu uma lamparina delinear sombras às faces de um estranho que não perscrutara.

- O que faz aqui, viajante? – Disse o estranho.

- Apenas de passagem, admirando as ruínas. – Respondeu.

E pensou em retribuir a pergunta, mas como sopro espectral, uma brisa frígida arrastou-se sobre ambos, apagando a lamparina, e então nada mais era visível, tudo era breu.